A importância de estudar os produtos e fornecedores para importação é crucial para os importadores que atuam no Brasil. Esse processo de análise detalhada garante que as empresas façam escolhas assertivas, minimizem riscos e maximizem a competitividade. São diversos os motivos que tornam esse estudo tão relevante, e a falta dessa diligência pode afetar negativamente os negócios. Para exemplificar, seguem 5 tópicos sobre o tema.
1. Qualidade dos Produtos e Conformidade com Normas
Antes de importar, é fundamental avaliar se os produtos atendem aos padrões de qualidade e conformidade exigidos pelo mercado brasileiro. Produtos que não cumprem as regulamentações locais podem ser barrados na alfândega, resultando em perdas financeiras e atrasos. Por exemplo, em 2019, uma empresa brasileira importadora de brinquedos enfrentou um grande prejuízo ao trazer uma remessa que não atendia às normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). A carga foi retida, resultando em perdas significativas e danos à reputação da empresa.
2. Escolha de Fornecedores Confiáveis
Estudar e selecionar fornecedores confiáveis é igualmente essencial. A falha em verificar o histórico e a reputação de um fornecedor pode levar à compra de produtos de baixa qualidade, atrasos na entrega, ou até mesmo fraudes. Em um caso recente, uma empresa brasileira de eletrônicos fechou um contrato com um fornecedor na China que oferecia preços muito competitivos. No entanto, a falta de uma pesquisa detalhada resultou na compra de produtos falsificados, que foram apreendidos pelas autoridades alfandegárias, gerando prejuízos financeiros e danos à reputação da marca.
3. Análise de Custo-Benefício e Competitividade
A avaliação do custo total de importação, incluindo tarifas, impostos, fretes e possíveis custos ocultos, é crucial para garantir que o produto importado seja competitivo no mercado brasileiro. Importadores que negligenciam essa análise podem acabar trazendo produtos cujo preço final é mais alto que o de concorrentes locais. Um exemplo disso ocorreu com uma empresa varejista de roupas que, após um cálculo inadequado de custos logísticos e impostos de importação, viu seus produtos chegarem ao mercado com um preço final muito acima da concorrência, resultando em baixas vendas e necessidade de liquidação de estoque.
4. Adaptação às Tendências e Preferências Locais
Estudar os produtos antes de importá-los também envolve compreender as preferências e tendências do mercado local. O que pode ser um sucesso em um país, pode não encontrar o mesmo nível de aceitação no Brasil. Em 2018, uma empresa de alimentos trouxe para o Brasil uma grande quantidade de snacks exóticos, populares na Ásia, mas que não tiveram boa aceitação entre os consumidores brasileiros devido ao sabor e à embalagem pouco atrativa para o público local. Esse erro de percepção resultou em perdas financeiras significativas.
5. Riscos e Logística Internacional
O conhecimento sobre os fornecedores permite identificar potenciais riscos logísticos e de fornecimento. Por exemplo, durante a pandemia de COVID-19, muitos importadores brasileiros que não tinham um plano B ou diversificação de fornecedores sofreram com o aumento dos custos de frete e a escassez de produtos. Empresas que haviam previamente mapeado múltiplos fornecedores conseguiram se adaptar mais rapidamente às mudanças, minimizando os impactos negativos em suas operações.
Conclusão
Estudar minuciosamente os produtos e fornecedores antes de realizar importações é uma prática essencial para empresas que desejam operar com sucesso no mercado internacional. Esse estudo permite garantir conformidade com as normas locais, evitar fraudes e prejuízos, maximizar a competitividade, adaptar-se às preferências do mercado e mitigar riscos logísticos. Importadores bem-informados são aqueles que conseguem prosperar e expandir seus negócios no cenário global.